domingo, 20 de março de 2022

Formatura da Isabel.

Formatura da nossa amada neta Isabel Passos Pfau em Palhoça. Com a felicidade da vó Miriam e da Maria Eduarda também amada e querida neta. Uma linda festa em família.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

TV Coligadas

https://youtu.be/ah8uQD5PKag

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

A Casa da Rua São José

Em abril de 1950 meus pais chegam na casa nova, com dois filhos e eu recém-nascido. Meu pai contava que comprou o terreno na Rua São José n0. 107 pois entendia facilitar a vida da família. Nos bairros os preços eram bem mais baixos. A casa com acabamento perfeito tinha originalmente dois quartos, duas salas, copa, cozinha e banheiro. Depois foi ampliada criando dois quartos, uma lavanderia, mais o quarto da empregada e um banheiro. Ela tinha janelas com persianas e de vidro, tipo guilhotina. Muitas flores no jardim - capricho do meu pai. Tudo com muito conforto para o casal com cinco filhos e uma empregada doméstica. Antes da ampliação no lado direito tinha um varal com gramado. Lembro que eu e meu irmão usamos como campinho de futebol (gol a gol) quando não estava cheio de fraldas e roupas. Mas a prática de futebol mesmo acontecia num campinho nos fundos da casa do seu Augusto Souza e dos Fiamocini. Lá eu ficava geralmente no gol, porque não tinha idade para participar no jogo com os maiores. A casa tinha uma rampa de acesso. No alto do muro de pedra ferro foi construído um caramanchão onde se convivia. Como era a rua do cemitério a brincadeira era contar o número de carros em enterros de gente importante. Ou numa competição contar a quantidade de carros que cruzavam a rua Sete, a Amadeu e a São José. Belas lembranças. Atras da casa é um morro íngreme. Lá eu tinha muitas arvores com ameixas (amarelas), goiabas. Todas das vermelhas. No alto foi construído uma pequena área coberta e ao lado da escadaria uma casinha de bonecas das nossas três irmãs. No barranco eu cavoucava estradinhas e buracos (casas) para brincar com carrinhos. Nos fundos do terreno o vizinho mantinha a mata nativa. Arvores gigantes. Localizei um cipó forte onde praticava as aventuras do Tarzan. No dia do meu aniversário fiz um voo e o cipó arrebentou, quebrei o braço, fui para o gesso e voltei para a festa. Na casa tivemos galinheiro e no final de semana uma das galinhas (vermelha) era assada. Depenada e pendurada na ripa da cerca do vizinho. Sendo o meu pai do comércio (Lojas HM) na minha casa sempre tinha os novos lançamentos de eletrodomésticos. Dois destaco. Uma das primeiras televisões foi colocada na nossa casa. A antena foram quatro bambus grandes. A imagem eram só chuviscos e se via no vídeo apenas vultos e ruídos no áudio de emissoras de Curitiba. Os vizinhos vinham lá em casa assistir a TV. Outra interessante foi a chegada do carpe. Nossa casa foi toda acarpetada, até no banheiro. Os nossos vizinhos eram o seu Silveira e o seu Heineck no outro lado. A Aymara Heineck nasceu no mesmo ano e dia 9 de abril. Os filhos do Carlos Silveira eram um pouco mais velhos que eu, mas eram escoteiros. Bacana. Na frente morava o seu Siqueira com os filhos, dois próximos a minha idade. Um deles o Ranulfo tinha um projetor manual de cinema (de brinquedo) Barlan e nos convidava para ver os filmes. Filmes desenho em animação em papel vegetal. Ali perto moravam o Joãozinho (Klein), o Zé Carlos (Goncalves da Luz), o Norton (Azambuja), o Amilton (Alves) o Quico (Soutinho) o Celso (Garcia) o Renato (Goessel) o craque Januário (Corte) e outros tantos amigos de boas lembranças uns com idades superiores ou inferiores a nossa. Foi um período em que se ouvia na voz da minha mãe o meu nome completo ...”José Geraldo ... vem almoçar... José Geraldo vem tomar banho.... Com os amigos nós tivemos um assovio diferenciado para chamar na frente de casa. Num terreno ao lado, no alto do morro, construímos um campinho. Tinha trave com redes. Lá se fazia torneios de futebol - os com camisa contra os sem camisa. Chão batido. Criamos o São José Futebol Clube com um jogo de camisas comprado no Willy Sievert na cor branca com emblema do Botafogo. Nosso time foi jogar na Amadeu da Luz ao lado do Armazém do Ruediger, ou no campo da Casa Royal ou onde acontecia o convite. Em outro período da infância criamos junto ao campinho uma pista de corrida de bicicletas. Interessante é que eu nunca tive uma bicicleta. Lembro da chegada do primeiro carro da família. Uma linda kombi restaurada e pintada de branco geladeira. Com o carro em casa, meu pai foi aprender a dirigir. Eu já sabia dirigir e manobrava para ele sair com instrutor. No domingo pela manhã a família frequentava - de kombi - a missa na matriz. Depois ele trocou num Simca. Customizei e pintei de branco. Antes dos meus 15 anos eu já a algum tempo nas férias escolares viajava para Apiuna e Florianópolis com meu tio Aggeo (Guerreiro) e eu dirigindo uma Vemaguete. Exatamente após a inauguração das lojas HM um fornecedor lixador de assoalho usava um carro antigo para transportar seu equipamento. Era um Chevrolet Pavão 1927. Meu tio comprou o carro, me deu de presente e meu pai restaurou. Todos os dias na oficina participando, com os amigos, na recuperação. Ficou muito bacana. Branco. Estudava no Colégio dos padres e surgiam amigos com carros mais possantes, então vendemos o carro. Ele se acabou em Joinville. No cinema o filme Easy Rider destacou as motos. Fiz uma Jawa 50 cc dois tempos toda customizada. Então conheci uma moto grande - BSA 650 cc, inglesa, dois cilindros e muito pesada. Customizei, pintei de branca, coloquei faróis auxiliares, escapamento aberto, para cima e com guidão bem alto. Um tempo sem capacete, sem espelhos retrovisores e queimando só gasolina azul. Os amigos Amilton (Alves) e Wilson (Ribeiro) fizeram a proposta para comprar, troquei com eles num Ford Fairland 1955 V8 quatro portas. Customizei e pintei de branco. Depois passei para um fusca, um Karmann Ghia e a vida seguiu. Casei e da casa da Rua São José ficam as maravilhosas lembranças e a realização de sonhos da minha infância e adolescência. Uma vida linda, com meus amados pais e quatro irmãos - o Ique, a Dete, a Lena e a Gina. Agora, no final de 2021, ela – a casa da rua São José - deverá dar espaço para alguma bela obra de exitoso empreendedor imobiliário que a adquiriu. Lá certamente outras pessoas terão novos e lindos sonhos.

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

terça-feira, 12 de outubro de 2021